sábado, 24 de setembro de 2011


Analogia aos Estudos Históricos nas Universidades Federais do Brasil

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

DISCIPLINA:INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS HISTÓRICOS

GRUPO:FELIPE DAVSON

FILIPE CAMARGO

LAILA ROBERTA

ROSINETE GREICE

MARICÍLIO PEREIRA

WANDERSON DA SILVA

PROF.ISABEL GUILLEN

Com o objetivo de obter novas visões dos diferentes cursos de história espalhados pelo Brasil esta resenha pretende fazer uma avaliação superficial do curso nas universidades federais, as escolhidas para linha de análise foram: UFMT/CUIABÁ, UFAL, USP, UNIR. O foco é observar os métodos de ensino utilizados por essas universidades.

O Campus Universitário de Cuiabá da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT/CUIABÁ) tem uma carga horária de 3.268 horas; Regime de Crédito Semestral, com 80 vagas anuais desmembrados entre Licenciatura e Bacharelado, sendo 40 vagas para o período Matutino e 40 vagas para o período Noturno, com integralização curricular, mínima de 08 (oito) semestres e máxima de 12 (doze) semestres. Sendo algumas cadeiras especificas para a formação do docente. Durante o primeiro semestre os alunos de historia tem uma cadeira intitulada de Introdução ao Estudo da História e no segundo Metodologia de pesquisa em História, a primeira com a carga horária de 72h visa o Estudo de questões relacionadas ao ofício do historiador, introduzindo o aluno em temáticas centrais do conhecimento histórico, sua natureza e sua problemática. Analisa as noções de tempo histórico e de espaço, assim como o conceito de memória e do documento. Discute o papel social do historiador. Abordagens teórico/práticas para o ensino. Já a de Metodologia de pesquisa em História prioriza obter Conhecimento de diversas modalidades de trabalhos acadêmicos, especialmente os mais recorrentes no campo da História: resenhas, ensaios, artigos, monografias, dissertações, teses, catálogos. Instrumentalização através do uso de técnicas, métodos e normas de pesquisa que contribuam para a elaboração de trabalhos acadêmicos tanto nos aspectos formais quanto ao conteúdo. Abordagens teórico/práticas para o ensino. No restante de sua grade curricular pode ser observadas cadeiras de abrangência mais comum nos cursos de histórias como História Geral, História Antiga, medieval moderna, das Américas do Brasil, História Contemporânea dentre outras, e algumas, mais especificas para o ensino como Sociologia da Educação, História da Educação, Organização e Funcionamento da Educação Básica, Didática para o Estudo da História, Psicologia da Educação e etc., ligadas mais a formação do docente. Vale ressaltar que como dito no começo essa resenha é apenas uma avaliação superficial da grade curricular do curso de História da UFMT/CUIABÁ para quem tiver interesse em obter a grade curricular completa do curso de História desta universidade poderá obter á mesma entrando em contato com o campus. Mas aqui a priori a instituição parece se preocupar bastante com a formação tanto do pesquisador, quanto a de um professor qualificado, pois disponibiliza para ambas a formação e a oportunidade de pagar cadeiras tanto de ensino como a de pesquisador. Isso é evidente por sua grade apresentar cadeiras optativas em que o aluno tem livre arbítrio para trilhar o caminho que mais o interessar seguir, o que abre a possibilidade tanto para pesquisa quanto para ensino.

A ideia de que há uma estreita relação entre o mesmo curso em universidades diferentes, no sistema universitário brasileiro, as vezes consegue se sedimentar. O curso de licenciatura em história, apesar da metodologia de pesquisa e a forma de interpretação da historiografia muda de historiador para historiador, é visível, por exemplo, a semelhança entre os objetivos da disciplina Introdução aos Estudos Históricos que faz parte da grade curricular do curso na Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que dar ênfase a um estudo crítico da história, mostrando suas várias vertentes de pensamento, fazendo uma viagem epistemológica no tempo. Elencando os vários autores de ambas as referências bibliográficas, mesmo havendo diferença nos autores escolhidos, não há divergências muito relevantes nas interpretações, ao comparar com o da UFPE que utiliza como uma de suas referências na disciplina, O Antimanual do mau Historiador de Carlos Antônio Aguirre Rojas(2002) no qual é citado de forma complementar o texto do autor Fernando Braudel, que escreveu História e Ciências Sociais(1972)e que é utilizado na UFAL, dentre outros Ciro Flamarion S. Cardoso e Le Goff, que apesar de não serem trabalhados na disciplina da universidade pernambucana, as suas obras são respeitadas e reconhecidas como grande fonte de informação. Após a cadeira que inicia o curso as duas universidades desenvolvem o ensino de Teoria da história dando um maior embasamento acadêmico ao futuro historiador.

Em relação ao norte do país, pegamos como exemplo a Universidade de Federal de Rondônia (UNIR), na qual o desenvolvimento da disciplina de Teoria da história tem como objetivo apresentar a situação da história também no contexto epistemológico e no contexto atual, analisando as especificidades das ciências humanas, definindo os campos de pesquisa dos historiadores de hoje e seus problemas, fazendo uma relevante introdução às filosofias da história, teorias da história e da historiografia no século XIX e XX, os paradigmas que dominam os estudos históricos e as questões teóricas que encaminharam o processo de fragmentação do campo historiográfico. Novamente ao fazermos uma comparação com a universidade pernambucana sendo dessa vez com a disciplina de teoria da história podemos observar que a UFPE tem a sua disciplina dividida em duas, mas mesmo assim não consegue abranger todo o conteúdo programático referente à mesma matéria da UNIR, porém é bastante trabalhada a pós-modernidade e alternativas à crise da modernidade. E voltando a Introdução aos estudos históricos, a UNIR também compartilha da mesma disciplina e seus objetivos são bem parecidos com o das universidades já mencionadas, que seriam relacionar o fazer com o contar história desde a Grécia antiga até o momento inicial da modernidade, mas sua referência bibliográfica é um pouco mais abrangente citando a historiografia da antiguidade, medieval e da modernidade, abordando aproximações com outras ciências.

Passando pro sul do país a Universidade estadual de Maringá (UEM) em seu curso de história licenciatura dispõem de disciplinas semestrais e anuais ao longo dos seus quatro períodos. Criado em 1966 o curso sofreu mudanças no ano de 1992, a sua base é “que foi sempre mantido o princípio fundamental da plena duração, procurou-se dar ênfase a questões contemporâneas e acrescentaram-se disciplinas que se adequavam às novas demandas do mercado de trabalho”. Certos estudos como sociologia e antropologia foram introduzidos a outras disciplinas, deixando esses temas muito superficiais. Foi o caso da disciplina teoria da história. Trabalha com assuntos mais amplos com as muitas correntes historiográficas e seus métodos, tendo uma periodicidade anual implementada em 2007. O seu conteúdo está dividido em cinco partes: primeiro aborda a interdisciplinaridade na construção de um conhecimento histórico e sua importância para um historiador, segue para sujeitos da história crítica com suas questões do estruturalismo e os questionamentos nas suas investigações (história problema), mostra tempo histórico em suas noções teleológica, cronológicas e periodização, dá noções de literatura para fins das interpretações coerentes e como dito acima estudos da sociologia e da cultura. Sua referência bibliográfica é rica e atual com livros diversos sobre Freud, Machado de Assis, Voltarie, também possui uma grande referência á Le Goff e outros da escola dos annales, além de muitos para serem lidos, avaliados e estudados durante o ano que essa disciplina atua. No primeiro período, a disciplina de introdução aos estudos históricos em sua ementa fala “em um conhecimento dos objetos das fontes e dos métodos”. Divide-se em quatro partes que inicia com a história no século XIX e conclui com um estudo ao movimento dos annales e a contribuição de seus historiadores. Introduz com uma história positivista, erudita e na meta-história passando para o historicismo e tendo um estudo a história crítica do marxismo com o movimento dos annales , tornando um estudo historiográfico. Dispõem de uma bibliografia variada, cheias de estilos, teorias, reflexões sobre a história. Apresenta grande quantidade de historiadores do século XX como Le Goff e Marc Bloch. De fato é uma disciplina introdutória, possuindo uma abordagem crítica e na produção do conhecimento histórico.Essa universidade optou por um formato diferente com suas disciplinas de periodicidades anuais e por amplos conhecimentos dos assuntos, mesmo em manutenção no site a disciplina a introdução à pesquisa histórica e os e-mails não respondidos a UEM em seu site detalhou o curso onde qualquer interessado procure informações especificas.

Analisando as duas citadas acima, as mesmas seguem padrões normais á muitas outras universidades. Finalizando com o sudeste a Universidade de São Paulo(USP) é a maior instituição de ensino superior e de pesquisa do País. É a terceira da América Latina. E dentre seus inúmeros cursos de graduação e pós-graduação estão os cursos de história bacharelado e licenciatura que fazem parte dos melhores do mundo por suas diversas contribuições para os estudos históricos, e é nesses cursos que manteremos o foco tratando de algumas disciplinas procurando entende-las e explorá-las. Como já mencionado nessa pesquisa procura-se explicar e entender os objetivos principais das disciplinas de introdução à pesquisa em história, metodologia da história e teoria da história visando avaliar como são lecionadas essas matérias em sala de aula essas matérias são referentes tanto ao bacharelado quanto a licenciatura. A disciplina de metodologia da historia e dividida em dois períodos cada um com carga horária de 105 horas, e tem como objetivo “abordar os elementos necessários à natureza do conhecimento histórico” (site da USP 2011), busca desvendar e entender o sentido de historiografia e discutir as maneiras de se produzir conhecimento de natureza historiográfica analisar as principais propostas teóricas desde o século XIX ao XXI, procurando dar ao aluno a oportunidade de conhecer diferentes abordagens de um mesmo assunto dando a ele oportunidade de criticar e procurar encontrar a melhor maneira de produzir material histórico de acordo com sua concepção. Já a cadeira de teoria da história que também e dividida em dois períodos de carga horária de 105 horas, tem como objetivo “Situar a História no contexto epistemológico, através de uma analise das perspectivas “clássicas” da Teoria do Conhecimento” (site da USP 2011) isso significa um estudo aprofundado dos métodos científicos utilizados para produzir conhecimento histórico, abordando desde os temas socioculturais, a filosofia da história, teorias da história, dialética e as questões voltadas para o entender de como o estudo historiográfico foi fragmentado isso desde o século XIX ao XXI. Na USP não existe uma matéria de introdução aos estudos históricos existe uma matéria chamada de introdução à pesquisa histórica dividida em dois períodos e de carga horária 60 horas, que tem como foco as aulas praticas como: pesquisas e iniciação cientifica.

Enfim, o trabalho sintetiza as similaridades entre as universidades, e a importância delas no dever de incitar o graduando a descobrir o papel da história na universidade, e a necessidade de formar profissionais críticos e competentes, porque dessa forma a cada professor licenciado é mais fácil conseguir enraizar o ensino da boa história no Brasil.

Um comentário:

Isabel Guillen disse...

Bom trabalho. Façam uma conclusão melhor. Vocês têm material para isso...