segunda-feira, 1 de setembro de 2008


Nações e africanos no Brasil
FARIAS, Juliana Barreto; SOARES, Carlos Eugênio Libano; GOMES, Flávio dos Santos. No labirinto das nações. Africanos e identidades no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 2005.
  • Cap. 1- Reinventando as nações: africanos e grupos de procedência no Rio de Janeiro, 1810-1888.

KARASCH, Mary. A vida dos escravos no Rio de Janeiro. São Paulo, Companhia das Letras, 2000. Cap. 01.

SOARES, Mariza de Carvalho. Mina, Angola e Guiné: nomes d´África no Rio de Janeiro setecentista. Tempo, n. 06, dezembro de 1998

http://www.historia.uff.br/tempo/artigos_dossie/artg6-6.pdf


DIA CH ATIVIDADE
07/08 04 Apresentação do programa
14/08 08 Filme: Atlântico Negro
21/08 12 Filme: Pierre Verger, um mensageiro entre dois mundos
28/08 16 Livro: MINTZ,S. O nascimento da cultura afro-americana.
04/09 20 Artigos: John Thornton.
Artigo: Price
11/09 24 Nações de africanos no Brasil
18/09 28 Festas de coroação de reis Congo
Marina de Mello e Souza; E. Kiddy; Silvia Lara
25/09 32 Festas de Coroação de Reis Congo

02/10 36 Festas de coroação de reis Congo.
A visão dos folcloristas: Pereira da Costa e Mello Morais Filho
09/10 40 Festas de Coroação de Reis Congo
Mário de Andrade: Danças Dramáticas.
16/10 Congresso do GT de História Cultural – Avaliação
23/10 44 História dos Maracatus-nação no Recife.
30/10 48 História dos Maracatus-nação no Recife.
06/11 52 Congadas e Maracatus na atualidade
13/11 56 Avaliação escrita
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA DA UFPE
DISCIPLINA: História da Cultura
PROFESSOR: Isabel Cristina Martins Guillen

EMENTA: Objetiva-se discutir o trânsito cultural entre Brasil e África durante os séculos XVI-XIX, as recriações e ressignificações culturais que as manifestações afro-descendentes passaram nesse período, destacando as coroações de reis Congo e suas transformações em maracatus e congadas.


BIBLIOGRAFIA

ANDRADE, Mário de. Danças dramáticas do Brasil. Belo Horizonte, Itatiaia, 2002.
ANDRADE, Mário de. Dicionário Musical Brasileiro. Belo Horizonte, Itatiaia, 1999.
FARIAS, Juliana Barreto et al. No labirinto das nações. Africanos e identidades no Rio de Janeiro, século XIX. Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 2005
GILROY, Paulo. O Atlântico Negro. São Paulo, Ed. 34, 2001.
GUERRA PEIXE, César. Maracatus do Recife. São Paulo,
HALL, Stuart. Da diáspora. Identidades e mediações culturais. Belo Horizonte. Ed. UFMG, 2003.
HEYWOOD, Linda. Diáspora negra no Brasil. São Paulo, Contexto, 2008.
IANCSO, I.; KANTOR, I. Festa. Cultura e sociabilidade na América portuguesa. São Paulo, Edusp/HUCITEC, 2001.
LARA, Silvia H; PACHECO, G. Memórias do jongo. As gravações históricas de Stanley Stein. Rio de Janeiro, Folha Seca; Campinas, CECULT, 2007.
LARA, Silvia Hunold. Fragmentos setecentistas. Escravidão, cultura e poder na América portuguesa. São Paulo, Companhia das Letras, 2007.
LIMA, Ivaldo Marciano de França. Maracatus-nação. Ressignificando velhas histórias. Recife, Bagaço, 2005.
LIMA, Ivaldo.; GUILLEN, Isabel. A cultura afro-descendente no Recife: maracatus, capoeiras e catimbós. Recife, Bagaço, 2007.
LOPES, Nei. Enciclopédia brasileira da diáspora africana. São Paulo, Selo Negro, 2004.
LOVEJOY. Paul E. A escravidão na África. Uma história de suas transformações.. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2002.
MELLO MORAES FILHO. Festas e tradições populares no Brasil. Belo Horizonte, Itatiaia, 1999.
MINTZ, S.; PRICE, R. O nascimento da cultura afro-americana. Rio de Janeiro, Pallas, 2003.
PEREIRA DA COSTA, F.A. Folk-lore pernambucano. Recife, CEPE, 2004.
RAMOS, Arthur. O folclore negro do Brasil. São Paulo, Martins Fontes, 2007.
REIS, João José. Rebelião escrava no Brasil. A história do levante dos malês em 1835. São Paulo, Companhia das Letras, 2003.
REIS, João José; SILVA, Eduardo. Negociação e conflito. A resistência negra no Brasil escravista. São Paulo, Companhia das Letras, 1999.
SILVA, Eduardo. Dom Oba II D´África, o príncipe do povo. Vida, tempo e pensamento de um homem livre de cor. São Paulo, Companhia das Letras, 1997.
SILVA, Salomão Jovino da. Memórias sonoras da noite. Musicalidades africanas no Brasil oitocentista. São Paulo, Tese de doutorado PUC, 2005.
SOARES, M. C. . A 'nação' que se tem e a 'terra' de onde se vem: categorias de inserção social de africanos no Império português, século XVIII. Estudos Afro-Asiáticos, Rio de Janeiro, v. 2, p. 303-330, 2004.
SOUZA, Marina de Mello e. Reis negros no Brasil escravista. História da festa de coroação de rei Congo. Belo Horizonte, Ed. UFMG, 2002.
THORNTON, John. A África e os africanos na formação do mundo atlântico. Rio de Janeiro, Campus, 2004.
TINHORÃO, José Ramos. Os sons negros do Brasil. São Paulo, Ed. 34, 2008.
TUGNY, R.; QUEIROZ, R. Músicas africanas e indígenas no Brasil. Belo Horizonte, Ed. UFMG, 2006

Leitura para o dia 04/09/2008 - História da Cultura na Diáspora.
THORNTON, John. A África e os Africanos na formação do mundo atlântico. Rio de Janeiro, Campus, 2004.

Escravidão I





Debate historiográfico sobre a escravidão: questões
SLENES, Robert. Na senzala uma flor. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999. Cap 1
KARASCH, Mary C. A vida dos escravos no Rio de Janeiro (1808-1850) São Paulo, Companhia das Letras, 2000.Indrodução e cap 1.
SILVA, Eduardo; REIS, João José. Entre Zumbi e Pai João, o escravo que negocia in: Negociação e conflito. São Paulo, Companhia das Letras, 1989;

SILVA, Eduardo. D. Obá II D´África, o príncipe do povo. Vida, tempo e pensamento de um homem livre de cor. São Paulo, Companhia das Letras, 1997.




quinta-feira, 7 de agosto de 2008

A formação do Estado Nacional no Brasil: um debate historiográfico.

GRAHAN, Richard CONSTRUINDO UMA NAÇÃO NO BRASIL DO SÉCULO XIX: VISÕES NOVAS E ANTIGAS SOBRE CLASSE, CULTURA E ESTADO. Diálogo. UEM, v. 05, n. 01, 2001.


HOLLOWAY, Thomas H. COMENTÁRIO A “CONSTRUINDO UMA NAÇÃO NO BRASIL DO SÉCULO XIX: VISÕES ANTIGAS E MODERNAS SOBRE A CLASSE, A CULTURA E O ESTADO”, DE RICHARD GRAHAM
Disponivel em: http://www.dialogos.uem.br/

SCHWARCZ, Lilia K. Moritz UM DEBATE COM RICHARD GRAHAM OU “COM ESTADO MAS SEM NAÇÃO: O MODELO IMPERIAL BRASILEIRO DE FAZER POLÍTICA”

Disponivel em: http://www.dialogos.uem.br/

GRAHAN, Richard . RÉPLICA.
Bibliografia complementar
CARVALHO, José Murilo de. A construção da ordem/ Teatro de sombras. Rio de Janeiro, Relume Dumará, 1996.
MATTOS, Ilmar. Rohloff de. Tempo Saquarema. São Paulo, HUCITEC, 2003.

Historiografia - Instituto Hístórico e Geográfico Brasileiro.

INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO
ou como se deve escrever a História do Brasil
"(...) dotar o país de um passado único e coerente. Nesse sentido, os fundadores do IHGB teceram a memória nacional tendo como fio condutor a idéia de continuidade. No seu entender, o Estado estabelecido em 1822 se constituía no legítimo herdeiro do Império português. Legado que se sustentava desde o idioma de Camões até a presença de um representante da dinastia de Bragança no tgrono brasileiro, passando naturalmente pelo regime monárquico. Por essa ótica, a Independência foi percebida como um processo natural, livre dos 'traumas e dos furores democráticos' que agitavam as repúblicas vizinhas, sucessoras das colônias espanholas. Na verdade, o esforço por melhor articular o presente (e também o futuro) ao passado estava intimamente ligado à necessidade de oferecer sustentação ao projeto de consolidação do império."
Lúcia Guimarães. in: VAINFAS, R. Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro, Objetiva, 2002, p. 380.
Artigo que será discutido em sala: dia 08/08/2008
GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. A disputa pelo passado na cultura histórica oitocentista no Brasil, in: CARVALHO, José Murilo de. Nação e cidadania no Império: novos horizontes.Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2007.

Bibliografia complementar
GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. Nação e Civilização nos Trópicos: O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e o Projeto de uma História Nacional. Estudos Históricos. n. 01, 1988. Disponível em: http://www.cpdoc.fgv.br/comum/htm/
SCHWARCZ, Lilia Moritz. As barbas do imperador. D. Pedro II um monarca nos trópicos. São Paulo, Companhia das Letras, 1998. Cap. 07.
WEHLING, Arno. Estado, História, Memória: Varnhagen e a construção da identidade nacional. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999.
MARSON, Izabel Andrade. Política e Memória: a Revolução Praieira e suas fontes. Idéias. Revista do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP. Ano 05, n. 01, jan/jun 1998, p. 75-129.
HOBSBAWN, Eric. A questão do nacionalismo. Nações e nacionalismo desde 1780. Lisboa, Terramar, 1998.

terça-feira, 4 de março de 2008



O Rio
Ou
Relação da viagem que faz o Capibaribe
de sua nascente à cidade do Recife.

João Cabral de Melo Neto
(1953)


Vi muitos arrabaldes
ao atravessar o Recife:
alguns na beira da água,
outros em deitadas colinas;
muitos no alto de cais
com casarões de escadas para o rio;
todos sempre ostentando
sua ulcerada alvenaria;
todos porém no alto
de sua gasta aristocracia;
todos bem orgulhosos,
não digo de sua poesia,
sim, da história doméstica
que estuda para descobrir, nestes dias,
como se palitava
os dentes nesta freguesia
(...)
Casas de lama negra
há plantadas por essas ilhas
(na enchente da maré
elas navegam como ilhas);
casas de lama negra
daquela cidade anfíbia
que existe por debaixo
do Recife contado em Guias.
Nela deságua a gente
(como no mar deságuam rios)
que de longe desceu
em minha companhia;
nela deságua a gente
de existência imprecisa
no seu chão de lama
entre água e terra indecisa.