quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Historiografia - Instituto Hístórico e Geográfico Brasileiro.

INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO
ou como se deve escrever a História do Brasil
"(...) dotar o país de um passado único e coerente. Nesse sentido, os fundadores do IHGB teceram a memória nacional tendo como fio condutor a idéia de continuidade. No seu entender, o Estado estabelecido em 1822 se constituía no legítimo herdeiro do Império português. Legado que se sustentava desde o idioma de Camões até a presença de um representante da dinastia de Bragança no tgrono brasileiro, passando naturalmente pelo regime monárquico. Por essa ótica, a Independência foi percebida como um processo natural, livre dos 'traumas e dos furores democráticos' que agitavam as repúblicas vizinhas, sucessoras das colônias espanholas. Na verdade, o esforço por melhor articular o presente (e também o futuro) ao passado estava intimamente ligado à necessidade de oferecer sustentação ao projeto de consolidação do império."
Lúcia Guimarães. in: VAINFAS, R. Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro, Objetiva, 2002, p. 380.
Artigo que será discutido em sala: dia 08/08/2008
GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. A disputa pelo passado na cultura histórica oitocentista no Brasil, in: CARVALHO, José Murilo de. Nação e cidadania no Império: novos horizontes.Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2007.

Bibliografia complementar
GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. Nação e Civilização nos Trópicos: O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e o Projeto de uma História Nacional. Estudos Históricos. n. 01, 1988. Disponível em: http://www.cpdoc.fgv.br/comum/htm/
SCHWARCZ, Lilia Moritz. As barbas do imperador. D. Pedro II um monarca nos trópicos. São Paulo, Companhia das Letras, 1998. Cap. 07.
WEHLING, Arno. Estado, História, Memória: Varnhagen e a construção da identidade nacional. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999.
MARSON, Izabel Andrade. Política e Memória: a Revolução Praieira e suas fontes. Idéias. Revista do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP. Ano 05, n. 01, jan/jun 1998, p. 75-129.
HOBSBAWN, Eric. A questão do nacionalismo. Nações e nacionalismo desde 1780. Lisboa, Terramar, 1998.

Um comentário:

Edianghel disse...


"(...) dotar o país de um passado único e coerente. Nesse sentido”, “HGB teceram a memória nacional”...
“Estado estabelecido em 1822 se constituía no legítimo herdeiro do Império português”. (...) “a Independência foi percebida como um processo natural, livre dos 'traumas e dos furores" democráticos'.
Esta terra chamada Brasil perdeu a sua identidade, quando Portugal a invadiu. A chamada "MEMORIA NACIONAL" foi execrada, escravos não herdam do Senhor. Nunca houve Independência no Brasil, por que os filhos dá terra não tinham com vencer, e inimigo não faz REVOLUÇÃO, não foi natural porque não foi feita pelos FILHOS da TERRA. Realmente sem "traumas" vcs estão certo! Então me responda pode haver independência sem revolução? E pode haver revolução sem trauma?
EU DIRIA QUE O INSTITUTO, CONTRIBUIO E MUITO PARA ESCONDER AS ATRCIDADES FEITAS PELOS PORTUGUESES...